sábado, 26 de setembro de 2009

Noite dos Investigadores

Ontem, dia 25 de Setembro decorreu no Porto, mais precisamente na Praça dos Leões perto da Universidade do Porto, a Noite dos Investigadores. Cientistas ao Palco foi um dos projectos portugueses seleccionado pela Comissão Europeia para a Noite dos Investigadores deste ano. De Norte a Sul do país, em Lisboa, Porto Coimbra e Olhão os próprios cientistas subiram ao palco para interpretarem várias performances produzidas para o evento.
Quem me informou deste programa foi a minha professora de Biologia, como é habitual tentei ao máximo ir. Para além de ser uma nova experiência o programa era apelativo e interessante.

Como tinha aulas até ás 18h30 só me foi possivél inscrever nas actividades todas que queria. Portanto fiz a selecção de algumas. Sendo preciso uma incrição prévia para umas que queria, inscrevi-me no Teatro de Marionetas que a minha professora me aconselhara ás 21h45, e no Star Lab, ás 20.30h no intervalo do tempo das actividades estaria estipulado ver o resto dos stands.
Mas, esqueci-me que somos portugueses e os portugueses raramente têm tudo devidamente planeado.
Apesar do transito, e de ter engolido praticamente a comida, cheguei lá á hora prevista. Ainda havia pouca movimentação, portanto foi facil localizar o starlab. Só não foi mas é facil de entrar na actividade, ao que parece aquilo estava de tal modo atrasado que só haveria outra sessão ás 21h15, como cada sessão demorava 30min desisti logo da ideia. Visto que o meu principal objectivo seria ver, o teatro das marionetas, sobre a evolução das espécies.

Assim enquanto faziamos horas, para o teatro visitamos o museu da história natural, e do ciência, assim como o de zoologia.
Para mim, o melhor foi o de zoologia (porque será?) existia lá um esqueleto de 30metros de uma baleia bebé sim, de uma baleia bebé! Fiquei fascinada. Encontrava-se lá de tudo, desde papa-formigas a esqueletos de golfinhos e ovos de crocodilos. Para além do mais o homem que lá estava, deu-nos uma atenção restrita e explicou-nos tanto como resposta ás nossas duvidas, como a coisas que não sabiamos. Falou-nos por exemplo, do maior numero de golfinhos que vai aparecendo nas redes de atum por morrerem sufocados, o que eu achei realmente mais choquante, assim que arranjar mais tempo pode ser (possibilidade) que me informe mais á cerca disso e partilhe por aqui. O museu de zoologia sendo já por si só maginifico, torna-se mais gratificante visitá-lo pois só abre em ocasiões especiais e muito raramente. Só por isso, valeu a pena ir, digo eu. Mas bem continuando pelos corredores, fomos até á Exposição de Charles Darwin. Como já a tinha visto em Lisboa, não a levei tanto asério e os meus olhos não brilharam tanto como da primeira vez. No entanto, apesar de o espaço ser evidentemente mais pequeno do que o apresentado em Lisboa, fizeram um bom trabalho. Contudo, para as crianças apreenderem e entenderem a de Lisboa é muito melhor. Pois, para além de estar mais completa, a história dos animais está integrada e demonstrada num espaço com a "exposição" do habitat descrito do mesmo, o que sem dúvida torna o lugar mais entusiasmante - e nem falo nos animais vivos que existia na exposição da capital!

Biodiversidade é a "variabilidade entre todos os serves vivos... incluindo diversidade intraespecífica, interespecífica e de ecossistemas."
Convenção sobre a Diversidade Biológica

Quando acabamos de ver a exposição já se aproximava da hora do espectáculo, assim sendo dirigimo-nos para fora. Já lá fora, havia uma fila imensa para entrar na tenda branca que dava acesso ao teatro, ficamos aí uns tempos, até o meu pai me informar que viu a minha professora de Inglês, e ela disse para eu ir ver uma entrevista que estava a haver sobre Genética. Curiosamente, tinha falado do DNA, na aula de Biologia desse dia. Consequentemente, saí da fila e fui ouvir a entrevista. Curiosamente, era bastante interessante. A autora do livro "O Património Genéticamente Português" era a anfitriã da entrevista sentada numa cadeira e á sua frente estava uma menina/senhora que não cheguei a perceber quem era a fazer-lhe as perguntas. Sendo um livro por si só, já me tinha cativado, mas como nunca tinha ouvido um autor (ao vivo) a defender o seu próprio livro e a explicá-lo ainda fiquei mais concentrada. Na realidade, foi um serão - embora breve - muito cultural. Aliás, para todas aquelas pessoas que dizem que "a juventude estava perdida" fiquem sabendo que existem estudos que comprovam que tanto no Sul, como no Norte de Portugal em tempos remotos, a informação registada nos mitocondrias (proveniente da mãe) são na maior parte da população a mesma. O que é que isto quer dizer? Que mais de metade da população era descendente da mesma mãe.
Quando acabou a entrevista as cortinas da tenda onde se iria realizar o teatro tão esperado estavam quase a fechar-se, assim sendo depois de uma corridinha já me encontrava lá dentro. O espectaculo começou pouco depois. Cheio de cores, sons e expressões, explicava a teoria da evolução de uma maneira básica - muito básica! - mesmo dirigida a crianças. Na verdade fiquei ligeiramente decepcionada. Não sei se foi pela importância que lhe dei ou pela falta de aprofundamento do problema da parte de identidade responsavél, mas fiquei. De qualquer forma, não me posso esquecer de mencionar o extraórdinário talento presente nas cientistas que o elaboraram entraram mesmo no projecto e conseguiram fazer ouvir-se sem dizer uma única palavra, estão de parabéns.



Depois de todas as actividades terem acabado, para nós, sentamo-nos á frente do bar cientifico, com a noite sobre nós (e o céu pouco estrelado, já agora) e do lado esquerdo uma banda de jazz, espectacular. (a dar a música ao lado) Enquanto ouviamos, bebi três cocktails. Um  que era espumante com pessego congelado (1), outro que era azul muito bonito, mas não sei o que tinha (2) e por último, o DNA do morango (3). Depois de todos bebidos, e de ter gravado alguns videos com as músicas vim-me embora. Opinião geral? Vale sempre a pena, participar em coisas novas, ao menos tenho algo real para opiniar. Por hoje é tudo, boa noite.


1 comentário:

Carolina disse...

Da próxima tenho que ir contigo, o ADN do morango parecia delicioso :)