quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Petróleo do Golfo do México entrou na cadeia alimentar.

"Investigadores vão estudar riscos para a saúde humana - 2010-11-09

O petróleo vertido no Golfo do México, naquele que foi o pior derrame acidental da história, entrou rapidamente na cadeia alimentar, revela uma investigação realizada pelo Dauphin Island Sea Lab (DISL) de Alabama (EUA).
O estudo, publicado na Environmental Research Letters, permitiu comprovar a presença anormal de isótopos de carbono 12 - habituais no crude – nos microorganismos que servem de alimento a crustáceos, medusas, peixes e baleias.
“Demonstrámos, com muito pouca margem para dúvida, que o petróleo consumido pelas bactérias marinhas alcançou o zooplâncton que forma a base da cadeia alimentar”, afirmou Monty Graham, coordenador do estudo, acrescentando que isto explica, em parte, a rápida decomposição de 75 por cento dos 800 milhões de litros derramados pelo poço acidentado da BP.
"Uma grande proporção do petróleo deve ter sido consumida pelos microorganismos que, ao mesmo tempo, servem de alimento para organismos maiores”, acrescentou.
Monty Graham, do Dauphin Island Sea LabAtravés de redes especiais, os investigadores do DISL recolheram e analisaram grandes amostras de plâncton em águas superficiais e intermédias da costa do Alabama, entre Junho e Agosto. Nos testes de laboratório detectou-se a presença de uma forma de carbono mais ligeira e normalmente associada ao petróleo.
Desta forma, os cientistas concluíram que o crude ingerido pelas bactérias passou para a cadeia alimentar de organismos maiores e que está presente no zooplâncton que alimenta grande parte da fauna marinha.
Outra equipa de investigadores está agora a examinar as amostras recolhidas para realizar um estudo sobre a toxidade do zooplâncton e do seu possível impacto na segurança do consumo humano de peixes, mariscos e moluscos do Golfo do México."

1 comentário:

Anónimo disse...

Isto é tão lógico e tão esperado que acho que até se dispensava o estudo...